Feira de ciências
Qual é a importância de uma feira de ciências?
Feiras de ciências constituem-se em recursos riquíssimos
para divulgação de ciência na comunidade escolar. A construção de um
experimento científico envolve – ou deveria envolver – o dialogismo entre
professor e aluno e entre os alunos.
Esse aprendizado dialógico no processo de ensino e
aprendizagem é fundamental tanto para o professor quanto para o aluno.
Aprendizado é troca, e o processo é importante para ambos, na medida em que o
professor consegue compreender como se dão as dificuldades dos estudantes;
antevendo tais dificuldades, seu trabalho pode ser melhorado. É neste momento
que o professor deve exercer sua principal função, de orientador do processo de
ensino e aprendizagem do aluno – e não a de detentor absoluto do saber.
Ideias de alguns experimentos
para feira de ciências
1- Como saber se um ovo está cozido sem tirar a casca?
A solução é muito simples: só precisamos fazer o ovo girar
sobre a mesa. Se estiver cozido, girará uniformemente por algum tempo
descrevendo círculos. Se estiver cru, girará dando tombos, seu movimento será
errático e logo deixará de girar.
Explicação: No ovo cozido a distribuição de massa em seu
interior não muda a medida que gira. Se ovo está cru a gema se movimentará em
seu interior, mudando a distribuição de sua massa, fazendo que o giro não seja
uniforme.
2- O ponto cego
A retina é o tecido nervoso que recobre a parte posterior do
olho. Sobre ela se formam as imagens que nos dão a sensação de visão. Está
constituída por células especialmente sensíveis à luz denominadas cones e bastonetes .A retina
está conectada ao cérebro por meio do nervo ótico. O ponto em que o nervo ótico
se une à retina se denomina ponto cego por carecer de células fotossensíveis.
Normalmente não percebemos o ponto cego porque ao ver um
objeto com os dois olhos a parte do objeto que incide sobre o ponto cego de um
dos olhos, incide sobre uma zona sensível do outro. Se fecharmos um olho
tampouco teremos consciência da existência do ponto cego porque o cérebro
normalmente nos engana e completa a parte que falta da imagem. Esta é a razão
porque não era conhecida a existência do ponto cego até o século XVII.
Experimento para comprovar a existência do ponto cego: Em
uma cartolina desenhe uma cruz e um círculo distanciados como na figura abaixo.

Situe a cartolina a uns 20 centímetros do olho direito.
Feche o olho esquerdo, olhe o X com o olho direito e aproxime lentamente a
cartolina.
Chegará um momento em que o círculo desaparecerá do campo de
visão. Nesse momento sua imagem se formará no ponto cego. A seguir, aproximando
ou distanciando a cartolina, o círculo volta a aparecer.
3- Latinha Obediente
Material necessário: uma lata com tampa (tipo, leite em pó
onde a tampa é de plástico), elástico de punho, porca, parafuso, martelo,
prego.
Tanto na base como na tampa de uma lata, faça dois furos,
como indicamos a seguir. Passe um elástico entre os furos, como indicado na
figura, e no centro de cruzamento desse elástico, amarre um objeto pesado, como
uma porca com parafuso, uma chumbada de pesca ou qualquer outra coisa. Após
colocada a tampa da lata em seu devido lugar, a situação do elástico e do
'peso' deve ficar como ilustrado abaixo.


Agora role a latinha sobre o piso da sala de aula e veja o que acontece!

O peso inserido modifica o centro de gravidade do brinquedo
que você montou, alterando o movimento. Você consegue imaginar exatamente o que
está acontecendo?
Explico: a inércia do 'peso' pendurado impede-o de girar;
então é o elástico que gira e fica torcido. É esse elástico torcido que faz a
lata voltar atrás.
4- Passas Bailarinas!
Um truque realmente engraçado você pode fazer fácil, fácil,
e encantar os amigos. São as passas bailarinas, que bailam ao sabor de
bolhinhas de ar! Usaremos de um refrigerante (guaraná, coca-cola, soda limonada
etc.) e uvas passas. Corte-as ao meio e coloque-as no saboroso líquido
gaseificado de sua escolha. Você verá que elas afundam e, em seguida, sobem e
mergulham novamente, diversas vezes.

O que acontece?
Os refrigerantes contém quantidade apreciável de gás CO2
(dióxido de carbono), dissolvido no líquido sob pressão. Bolhas de gás
formam-se na superfície da uva passa, fazendo com que a densidade do conjunto
se torne menor do que a do líquido, e por isso ela sobe. Quando a passa atinge
a superfície, parte das bolhas estouram ou se desprendem e a densidade da passa
torna-se então maior do que a do líquido, e elas afundam. O processo se repete
até que a quantidade de bolhas formadas não sejam suficientes para que os
pedaços de passas flutuem.
5- Colando gelo num barbante
Material necessário: gelo, bacia com água, barbante, sal e
colher.

Um
experimento bacana para você aprender. Coloque água em um copinho descartável
(até a boca) e deixe no congelador da geladeira. Após o congelamento da água,
retire o gelo do copinho e mergulhe numa bacia com água. Corte um pedaço de
barbante e coloque-o sobre o pedaço de gelo, tome um pouco de sal numa colher e
adicione sobre a superfície do gelo, junto com o barbante.


O que acontece?
O sal derrete o gelo, que molha o barbante. Mas pouco tempo
depois a água congela novamente agora junto com o barbante, pois ainda há muito
gelo. Assim é possível levantar o gelo sem mexer nele, apenas segurando a extremidade
do barbante.
6- Uma sirene diferente
Você vai precisar de um apito, barbante e um funil
Adapte à extremidade do funil um apito, como indicado na
figura. Depois faça movimentos circulares, e note o tipo de som produzido. Por
que a sirene faz este som? O que está acontecendo?

Agora
peça a um amigo para girar o funil com o apito. Peça para ele correr de um lado
a outro enquanto gira o apito. Você deverá notar uma diferença bastante
sensível no tipo de som produzido. Parece com a sirene das ambulâncias tocando
ao se aproximar e ao se afastar de você. Este é um efeito muito interessante
chamado Efeito Doppler . Mas, enquanto você ouve estes dois sons, seu amigo que
está girando o apito, vai ouvir apenas um mesmo ruído.
7- Iceberg em miniatura
Muitos navegantes enganam-se facilmente ao avistar as
geleiras conhecidas como icebergs . Até nós mesmos nos enganamos ao observar na
TV imagens de blocos de gelo flutuando: que mal haveria em colidir um barquinho
com uma pequena geleira desta

O problema está na pequena diferença entre as densidades do
gelo e da água no estado líquido. Sete oitavos (7/8) de gelo ficam abaixo da
superfície do mar num iceberg. Quando olhamos, vemos apenas 1/8 de todo o seu
volume sobre a superfície!
Comprove este fato em casa, realizando um experimento
simples: encha um copo descartável com água e deixe-o na geladeira. Depois
coloque o gelo numa bacia com água e note o quanto de gelo fica acima da
superfície.

Você já deve saber que a água se expande quando congelada.
Então fica a pergunta para você responder: o que é mais denso (ou seja, quem
tem maior razão entre massa e volume) - a água ou o gelo?
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