quarta-feira, 21 de maio de 2014

Como organizar um Sarau

Como organizar um sarau

Sarau da Escola São Luiz aproxima estudantes da leitura e escrita











O sarau é um evento cultural ou musical onde as pessoas se encontram para se manifestarem artisticamente. Muito presente no contexto escolar, o sarau pode ter dança, música, poesia, livros, não importa o clima de descontração destes encontros é o que os torna ainda mais especiais e tão tradicionais. Veja como é simples organizar um sarau.

Planejar é fundamental

PROPOSTA DE AÇÃO
Realizar saraus periódicos na escola como estratégia para atrair as famílias, valorizando os 
talentos culturais presentes na comunidade. 

CONTEXTUALIZAÇÃO 
Sarau é um evento cultural onde as pessoas se encontram para se expressarem ou se 
manifestarem artisticamente. A palavra tem origem no termo latino serus (relativo ao entardecer), 
porque acontecia, em geral, no fim do dia. Pode envolver dança, poesia, círculos de leitura, 
seção de filme, música, bate-papo filosófico, pintura, teatro etc. 
Muito comuns no século XIX, os saraus vêm sendo resgatados e reinventados pelas escolas 
como uma maneira de fortalecer a identidade da comunidade escolar, promovendo a integração 
de todos de forma descontraída, criativa e mais envolvente do que a tradicional reunião de pais. 
É um momento para a soma conhecimentos, descobertas e vivências coletivas. 
Ao promover esses encontros, a Unidade Escolar ultrapassa seus muros e se fortalece como um 
pólo cultural da localidade. As famílias passam a se reconhecer na escola, o que acaba por ter 
um impacto muito positivo no envolvimento delas com os estudos dos filhos. 
Além disso, o sarau é também um momento de tomada de consciência, pois a cultura desperta a 
sensibilidade das pessoas para a realidade à sua volta e as estimula a refletir sobre ela a partir 
de outras linguagens. 

COMO EXECUTAR 
Marcar uma reunião para compartilhar a ideia com a direção da escola, o grupo de 
professores e o Conselho Escolar (caso exista). Se for bem recebida, formar uma 
Comissão Organizadora. 
A Comissão Organizadora deve então preparar uma reunião de planejamento, na qual 
devem ser definidos os objetivos e as características do evento, o horário, as tarefas 
necessárias à sua realização e os responsáveis por cada uma delas. 
Os saraus podem acontecer bimestralmente, sempre com um tema diferente que reflita 
os desejos e a realidade local. 
Mapear os grupos e artistas locais e convidá-los a participar. 
Levantar os equipamentos necessários para a realização das atividades e procurar 
parceiros que possam emprestá-los. 
Planejar a ambientação da escola segundo o tema de cada sarau. A decoração pode ser 
feita pelos alunos, como trabalho de sala de aula. 
Criar estratégias de mobilização da comunidade, como convites para enviar às famílias e 
cartazes para espalhar pela escola e em outros pontos do bairro. Um grupo de alunos 
pode criar um “convite falado” e apresentá-lo na saída das aulas.
Convidar os funcionários da Unidade de Negócio e o grupo de agentes-chave para 
que também possa compartilhar conhecimentos e vivências com os alunos, participando 
ativamente das atividades. 
QUEM PODE EXECUTAR 
Mobilizadores, agentes-chave, professores, alunos e representantes do Conselho de Escola. 
DESENVOLVIMENTO DA ATIVIDADE 
Obs: a atividade pode ser adaptada conforme a realidade local e os conhecimentos prévios do 
mobilizador sobre o assunto. 
As atividades do sarau devem ser planejadas de acordo com os interesses e talentos locais. 
Apresentamos algumas sugestões: 
1. Mesa de livros 
Selecionar livros da biblioteca da escola (e outros doados/emprestados por parceiros) e espalhá-
los sobre uma mesa grande. Os convidados sentam em volta e ficam livres para folheá-los, 
copiar trechos ou ler alto para o grupo. A única regra é que os livros não saiam da mesa. 
Algumas sugestões de autores: Cecília Meireles, Cora Coralina, Vinícius de Moraes, Eva Furnari, 
Tatiana Belinky, Carlos Drummond de Andrade, Fernando Pessoa, Mário Quintana, entre outros. 
2. Exposição de artistas locais 
Os artistas locais são convidados a se expressarem, nas suas diferentes linguagens, sobre o 
tema do sarau. Os trabalhos ficam expostos no pátio da escola. 
3. Recital de poesia 
Os participantes podem se inscrever para declamar poemas (de sua autoria ou não). Para esta 
atividade, é interessante que alguns professores proponham oficinas de criação de poesias 
previamente, em sala de aula. 
4. Quintal de brincadeiras 
Convidar membros da comunidade a organizar um espaço onde possam ensinar para as 
crianças brincadeiras de sua época. Outra ideia é criar um “cantinho mágico”, onde podem 
acontecer oficinas de construção de brinquedos com sucata. 
5. Momento de liberdade poética e musical 
Espaço aberto para que qualquer pessoa possa apresentar algo que tenha interesse em 
apresentar na hora. 
6. Exposição de arte 
Murais onde podem ficar expostos desenhos, pinturas e outros trabalhos de arte visual feitos 
pelos alunos em sala de aula. 
7. Oficina de cordel 
Há algum cordelista no bairro? Convide-o a fazer uma oficina de criação de cordéis, que depois 
podem ficar expostos num varal. 
8. Roda de contação de histórias 
Professores, funcionários, pais ou mesmo alunos mais velhos podem conduzir esta atividade, 
voltada para as crianças. Sentadas em roda, elas ouvem a história contada pelo adulto e devem 
continuá-la, imaginando novos rumos para a trama. Em seguida, elas podem criar livros 
ilustrando a história. Para isso basta entregar folhas de sulfite dobradas ao meio e giz de cera. 
Eles podem ser finalizados grampeando ou amarrando um barbante na lombada. 
9. Seção de cinema 
Reservar uma das salas da aula (ou a própria sala de vídeo da escola, caso exista) para passar 
filmes que tenham relação com o tema do sarau. Ao final de cada seção, promover uma 
discussão sobre o assunto. 
10. Memória viva 
Rodas de conversa com moradores antigos do bairro, na qual os estudantes podem entrevistá-
los sobre sua infância, seus tempos de escola, suas formas de diversão etc. 
11. Apresentações musicais 
Convidar grupos locais a se apresentarem. Estipular um tempo ou número de músicas para cada 
um, orientando-os a se inspirarem no tema do sarau. 
12. Oficina de artesanato 
Membros da comunidade podem ensinar a fazer pequenos objetos de artesanato, de acordo 
com suas habilidades manuais. 
13. Brincando com poemas 
Criar uma série de desafios com a escrita a partir de poemas conhecidos. Alguns exemplos: 
completar lacunas com as palavras que estiverem faltando, entregar versos separados em 
pequenos pedaços de papel e pedir que o grupo junte-os para formar poesias, criação de rimas 
etc. Um grupo de professores pode ficar responsável por organizar esta oficina. 
14. Teatro 
Convidar grupos de teatro da escola ou comunidade local a montarem peças ou esquetes 
inspirados no tema do sarau. 

RECOMENDAÇÕES 
Em cada sarau, deixar uma caixa de sugestões em local visível para que os convidados 
possam sugerir temas para o próximo encontro. 
Durante toda a organização do evento, é importante incentivar o trabalho em equipe, a  
auto-organização, a criatividade e a improvisação, além de trabalhar valores como 
cooperação, ética e solidariedade. O processo é muitas vezes tão importante quanto o 
produto final. 
O registro dos saraus pode ser feito pelos próprios alunos. Alguns podem tirar fotos, 
outros podem desenhar ou escrever relatos. Esse registro pode ser compartilhado em 
murais expostos na escola. 
As famílias podem ficar responsáveis por organizar a área de comida, montando 
barracas de lanches e comidas típicas. O dinheiro arrecadado pode ser usado para fazer 
um caixa para o próximo sarau. 
Além de ser um momento de descontração e resgate permanente da cultura popular, o 
sarau é também uma oportunidade de conhecer melhor o universo dos estudantes. Não 
perca a chance de usar isso como base para enriquecer o currículo da escola. 
O sarau ganha mais significado se fizer parte do planejamento anual da escola e estiver 
integrado com as atividades de sala de aula. 
O excesso de atividades pode complicar a organização do evento. Sempre que possível, 
promova a autogestão, deixando que os responsáveis por cada oficina organizem o 
espaço e providenciem o material necessário. 
O sarau é uma oportunidade de fazer as famílias circularem pela escola. Por isso, 
procure espalhar as atividades pelos diferentes espaços: biblioteca, salas de aula, sala 
de leitura, quadra, sala de vídeo e outros locais normalmente esquecidos. 
O que garante o sucesso de um sarau é a participação efetiva dos convidados. Os 
coordenadores de atividades devem estar sempre atentos para motivar os mais tímidos. 
Fazer o registro da atividade e encaminhar o material (com fotografias) para ser 
publicado no Blog Educação. 
Divulgar a atividade internamente na Unidade de Negócios, convidando os demais 
funcionários para prestigiar a escola. 
OBSERVAÇÃO 
A atividade aqui apresentada foi elaborada pelo Instituto Paulo Freire. 

fonte: http://www.oevento.com/blog/tipos-de-eventos/como-organizar-um-sarau.do
http://www.blogeducacao.org.br/wp-content/uploads/2011/02/Plano-Sarau-na-Escola.pdf
imagem: http://tudosobreleitura.blogspot.com.br/2010/06/teoria-em-pratica-no-incentivo-leitura.html

Feira de Ciências

Feira de ciências

Qual é a importância de uma feira de ciências?
Feiras de ciências constituem-se em recursos riquíssimos para divulgação de ciência na comunidade escolar. A construção de um experimento científico envolve – ou deveria envolver – o dialogismo entre professor e aluno e entre os alunos.
Esse aprendizado dialógico no processo de ensino e aprendizagem é fundamental tanto para o professor quanto para o aluno. Aprendizado é troca, e o processo é importante para ambos, na medida em que o professor consegue compreender como se dão as dificuldades dos estudantes; antevendo tais dificuldades, seu trabalho pode ser melhorado. É neste momento que o professor deve exercer sua principal função, de orientador do processo de ensino e aprendizagem do aluno – e não a de detentor absoluto do saber.

Ideias de alguns experimentos para  feira de ciências 
            
1- Como saber se um ovo está cozido sem tirar a casca?
A solução é muito simples: só precisamos fazer o ovo girar sobre a mesa. Se estiver cozido, girará uniformemente por algum tempo descrevendo círculos. Se estiver cru, girará dando tombos, seu movimento será errático e logo deixará de girar.
Explicação: No ovo cozido a distribuição de massa em seu interior não muda a medida que gira. Se ovo está cru a gema se movimentará em seu interior, mudando a distribuição de sua massa, fazendo que o giro não seja uniforme.

2- O ponto cego
A retina é o tecido nervoso que recobre a parte posterior do olho. Sobre ela se formam as imagens que nos dão a sensação de visão. Está constituída por células especialmente sensíveis à  luz denominadas cones e bastonetes .A retina está conectada ao cérebro por meio do nervo ótico. O ponto em que o nervo ótico se une à retina se denomina ponto cego por carecer de células fotossensíveis.
Normalmente não percebemos o ponto cego porque ao ver um objeto com os dois olhos a parte do objeto que incide sobre o ponto cego de um dos olhos, incide sobre uma zona sensível do outro. Se fecharmos um olho tampouco teremos consciência da existência do ponto cego porque o cérebro normalmente nos engana e completa a parte que falta da imagem. Esta é a razão porque não era conhecida a existência do ponto cego até o século XVII.
Experimento para comprovar a existência do ponto cego: Em uma cartolina desenhe uma cruz e um círculo distanciados como na figura abaixo.



Situe a cartolina a uns 20 centímetros do olho direito. Feche o olho esquerdo, olhe o X com o olho direito e aproxime lentamente a cartolina.
Chegará um momento em que o círculo desaparecerá do campo de visão. Nesse momento sua imagem se formará no ponto cego. A seguir, aproximando ou distanciando a cartolina, o círculo volta a aparecer.

3- Latinha Obediente
Material necessário: uma lata com tampa (tipo, leite em pó onde a tampa é de plástico), elástico de punho, porca, parafuso, martelo, prego.

Tanto na base como na tampa de uma lata, faça dois furos, como indicamos a seguir. Passe um elástico entre os furos, como indicado na figura, e no centro de cruzamento desse elástico, amarre um objeto pesado, como uma porca com parafuso, uma chumbada de pesca ou qualquer outra coisa. Após colocada a tampa da lata em seu devido lugar, a situação do elástico e do 'peso' deve ficar como ilustrado abaixo.

        

Agora role a latinha sobre o piso da sala de aula  e veja o que acontece!

                             


O peso inserido modifica o centro de gravidade do brinquedo que você montou, alterando o movimento. Você consegue imaginar exatamente o que está acontecendo?
Explico: a inércia do 'peso' pendurado impede-o de girar; então é o elástico que gira e fica torcido. É esse elástico torcido que faz a lata voltar atrás.

4- Passas Bailarinas!
Um truque realmente engraçado você pode fazer fácil, fácil, e encantar os amigos. São as passas bailarinas, que bailam ao sabor de bolhinhas de ar! Usaremos de um refrigerante (guaraná, coca-cola, soda limonada etc.) e uvas passas. Corte-as ao meio e coloque-as no saboroso líquido gaseificado de sua escolha. Você verá que elas afundam e, em seguida, sobem e mergulham novamente, diversas vezes.
                          
                                   

O que acontece?
Os refrigerantes contém quantidade apreciável de gás CO2 (dióxido de carbono), dissolvido no líquido sob pressão. Bolhas de gás formam-se na superfície da uva passa, fazendo com que a densidade do conjunto se torne menor do que a do líquido, e por isso ela sobe. Quando a passa atinge a superfície, parte das bolhas estouram ou se desprendem e a densidade da passa torna-se então maior do que a do líquido, e elas afundam. O processo se repete até que a quantidade de bolhas formadas não sejam suficientes para que os pedaços de passas flutuem.

5- Colando gelo num barbante
Material necessário: gelo, bacia com água, barbante, sal e colher.

                  

Um experimento bacana para você aprender. Coloque água em um copinho descartável (até a boca) e deixe no congelador da geladeira. Após o congelamento da água, retire o gelo do copinho e mergulhe numa bacia com água. Corte um pedaço de barbante e coloque-o sobre o pedaço de gelo, tome um pouco de sal numa colher e adicione sobre a superfície do gelo, junto com o barbante.



O que acontece?
O sal derrete o gelo, que molha o barbante. Mas pouco tempo depois a água congela novamente agora junto com o barbante, pois ainda há muito gelo. Assim é possível levantar o gelo sem mexer nele, apenas segurando a extremidade do barbante.

6- Uma sirene diferente
Você vai precisar de um apito, barbante e um funil
Adapte à extremidade do funil um apito, como indicado na figura. Depois faça movimentos circulares, e note o tipo de som produzido. Por que a sirene faz este som? O que está   acontecendo?
                           
Agora peça a um amigo para girar o funil com o apito. Peça para ele correr de um lado a outro enquanto gira o apito. Você deverá notar uma diferença bastante sensível no tipo de som produzido. Parece com a sirene das ambulâncias tocando ao se aproximar e ao se afastar de você. Este é um efeito muito interessante chamado Efeito Doppler . Mas, enquanto você ouve estes dois sons, seu amigo que está girando o apito, vai ouvir apenas um mesmo ruído.

7- Iceberg em miniatura
Muitos navegantes enganam-se facilmente ao avistar as geleiras conhecidas como icebergs . Até nós mesmos nos enganamos ao observar na TV imagens de blocos de gelo flutuando: que mal haveria em colidir um barquinho com uma pequena geleira desta

             

O problema está na pequena diferença entre as densidades do gelo e da água no estado líquido. Sete oitavos (7/8) de gelo ficam abaixo da superfície do mar num iceberg. Quando olhamos, vemos apenas 1/8 de todo o seu volume sobre a superfície!
Comprove este fato em casa, realizando um experimento simples: encha um copo descartável com água e deixe-o na geladeira. Depois coloque o gelo numa bacia com água e note o quanto de gelo fica acima da superfície.


                               

Você já deve saber que a água se expande quando congelada. Então fica a pergunta para você responder: o que é mais denso (ou seja, quem tem maior razão entre massa e volume) - a água ou o gelo?



Trabalhando Artes no Ensino Fundamental 1

Como trabalhar a Arte Contemporânea com os alunos do Ensino Fundamental?



Professora Marly
Uma boa maneira de introduzir o assunto é permitir que as crianças tenham contato com produções de artistas contemporâneos. Depois disso, pode-se desenvolver discussões sobre o que cada obra comunica, estimulando-as a formular hipóteses que digam respeito às ideias que os artistas quiseram apresentar com seus trabalhos. Após as primeiras impressões, é fundamental estudar as possibilidades de compreensão da obra: procedimentos empregados, materiais utilizados, elementos constitutivos, poética e conceitos. Ao mesmo tempo, é essencial propor laboratórios de criação com desafios nos quais os alunos experimentem a linguagem que os artistas estudados já utilizaram, encontrando espaço para a expressão pessoal. O ideal é orientar a turma para que perceba os conteúdos e as singularidades das obras, buscando trazer a inquietude que há nelas. Não adianta querer classificá-las, já que as modalidades da arte atual não têm características delimitadas nem uma linha divisória tão clara quanto às de épocas anteriores, o que dificulta essa tentativa.

PLANO DE AULA - ENSINO FUNDAMENTAL


EDUCAÇÃO ARTÍSTICA

"Todos sabemos que a arte não é verdade. Ela representa a mentira que nos faz perceber a verdade; pelo menos a verdade que nos é dado entender." (Pablo Picasso)

OBJETIVOS GERAIS

* Através do ensino das Artes, desenvolver o potencial criador do educando e levá-lo a compreender as diversas modalidades envolvidas (Artes Plásticas (Artes Visuais), Artes Cênicas (Teatro, Mímica), Música (Dança – Expressão Corporal) e Desenho (Geométrico, Técnico e Livre));
* Concorrer para formação harmônica e integral do aluno, oportunizando situações de: percepção, conhecimento, criatividade e expressão, trabalhando o lúdico do universo infantil;
* Edificar uma relação de autoconfiança com a produção artística pessoal e conhecimento estético, respeitando à própria produção artística pessoal e conhecimento estético, respeitando à própria produção e a das colegas, no percurso de criação que abriga uma multiplicidade de procedimentos e soluções;
* Compreender e saber identificar a arte como fato histórico contextualizado nas diversas culturas, conhecendo, respeitando e observando as produções presentes, identificando a existência de diferenças nos padrões artísticos e estéticos;
* Observaras relações entre o homem e a realidade, com interesse e curiosidade, exercitando a discussão, indagando, argumentando e apreciando a arte de modo sensível;
* Compreender e saber identificar os aspectos da função e dos resultados do trabalho do artista, em sua própria experiência de aprendiz, aspectos do processo percorrido pelo artista;
* Através do ensino das Artes, desenvolver o potencial criador do educando e levá-lo a compreender as diversas modalidades envolvidas (Artes Plásticas (Artes Visuais), Artes Cênicas (Teatro), Música (Dança – Expressão Corporal) e Desenho (Geométrico, Técnico e Livre));
* Levar o indivíduo a compreender e apreciar a Arte como importante meio de expressão e comunicação;

* Desenvolver no educando a atenção, percepção, concentração, raciocínio, criatividade, imaginação, sensibilidade e emoções;
* Trabalhar individualmente e em grupo para desenvolver a socialização do indivíduo;
* Trabalhando com o ensino das Artes, levar o educando a desenvolver a coordenação motora, coordenação motora fina, lateralidade, noção espacial (localização – Espaço e tempo), acuidade visual;
* Reconhecer materiais diferenciados, interagindo com os mesmos (papeis, tintas, lápis de cor, giz, hidrocor, etc).


OBJETIVOS ESPECÍFICOS

* Pintura – desenho dirigido, desenho livre, desenhos com as principais datas comemorativas, trabalhos com as principais datas comemorativas, técnicas de pintura, pintura a guache, xilogravura, baixo e alto relevo;
* Trabalhar as datas comemorativas de forma contextualizada;
* Releitura de obras de arte – pintores renomados;
* Teoria das cores – Primárias, Secundárias, Terciárias, Quentes, Frias, Neutras, Policromia Monocromia, matizes, etc.;
* Dobraduras – Origami e Kirigami;
* Recorte e Colagem diversos;
* Artes Cênicas – músicas educativas, enquête (pequenas dramatizações, mímicas).
* Introdução ao desenho geométrico - conhecendo formas geométricas simples, utilização de régua e compasso, de acordo com idade/série do educando;
* Simetria e Assimetria, perímetro, área, trabalhando figuras planas;
* Planificações, figuras tridimensionais e bidimensionais, arestas, vértices e faces;
* Frações com colagens;
* Espaço e forma (cubo, quadrado, triângulos, retângulos, pirâmides, paralelepípedos, esferas, círculos, cones, cilindros;
* Arte figurativa e abstrata;
* Linha e forma: retas, curvas sinuosas e mistas;
* Mosaico com revistas, recorte e colagem;
* Ampliação e redução;
* Valorização da reciclagem e o respeito do nosso meio ambiente;
* Folclore, Lendas e Mito;
* Texturas;
* Legendas com símbolos, formas, cores, números e letras;
* História em quadrinhos, teoria, construção, criação;
* Onomatopéia;

ESTRATÉGIA

* Atividades diversificadas, sendo todas trabalhadas em sala de aula;
* Trabalhar em grupo e individualmente, com o auxilio do professor de artes e respaldo do professor de sala.



PROJETOS

Título: Orquestra na Escola.
Público Alvo: 1ºs, 2ºs, 3ºs anos e 3ªs séries.

OBJETIVO GERAL
* Desenvolver o hábito e costumes, pela música clássica de forma sincronizada;
* Envolver o conhecimento da música entre os alunos, enfatizando os instrumentos.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS

* A criação do senso comum à música clássica e a interação dos instrumentos;
* Reconhecer os diversos tipos de instrumentos;
* Socialização entre as partes, alunos de ano/séries diferente.

ESTRATÉGIAS

* Pesquisa de campo com os alunos;
* Orientar as crianças em relação à música clássica e a sua importância;
* Procurar e pesquisar a diversidade musical;
* Demonstrar através de áudio visuais, CD´s, panfletos e filmes que componham uma orquestra e seus instrumentos.

AVALIAÇÃO

* Observação direta e indireta;
* Participação e avaliação contínua;
* Desempenhos desenvolvidos individualmente e coletivamente.


EXPOSIÇÕES:

* Exposição das atividades realizados pelos educando de todas as anos/séries da unidade escolar durante o ano letivo, releitura de obras com Romero Brito, Tarcila do Amaral, Trabalhos com Geometria e reciclagem
* Valorização das atividades do educando;
* 1ºs ano: Releitura de Obras de Arte – ROMERO BRITO;
* 2ºs ano/3ºs anos: Releitura de Obra de Arte – TARCILA DO AMARAL;
* 3ªs série: Xilogravura, alto e baixo relevo;
* 4ªs série: Retas de Fazem Curvas – TRABALHANDO GEOMETRIA e releitura de Obras de Arte Trabalhando Retas com Romero Brito.

AVALIAÇÃO

* Participação;
* Responsabilidade;
* Interesse;
* Capricho e limpeza;
* Auto-avaliação.

PS: Os conteúdos serão aplicados de acordo com o ano/série do educando, sendo eles flexíveis visando às necessidades existentes de nosso alunado.

Atividades para aulas de Artes


TINTA SURPRESA.
Papel laminado fazer pingos de tinta, dobrar a folha ao meio em seguida abrir para ver o desenho que se formou.


PINTURA AGUADA
Deixar o crepom de molho na água e utilizar esta solução como tinta.
DAR UM PEDAÇO DE BARBANTE PARA COLAR COMO QUISER. 
Depois passar a tinta guache

PAPEL DOBRADURA COLORIDO. 
Desenhar com canetinha.
PALITOS DE SORVETE.
Colar palito de sorvete e completar. 
Fazer mintagens com palitos e colar numa sulfite Exemplo: Uma casinha. 
PAPEL LAMINADO COLORIDO.
Desenho usando álcool. 

PAPEL CAMURÇA COLORIDO.
Desenhar com giz de cera. No papel escuro usar giz claro e vice-versa.
COLAR ESTE PAPEL NUMA SULFITE COLORIDA. 
DESENHO NA LIXA .
Depois de pronto colar esta lixa em uma cartolina.

DESENHo COM COLA E  AREIA COLORIDA.
Desenhar com a cola, antes de secar jogar areia. 

GIZ BRANCO OU COLORIDO:
Desenhar no chão. 
Desenhar com giz na sulfite molhando na cola antes. 

PINTURA COM COLA COLORIDA

PINTURA COM ASSOPRO
Colocar uma pequena porção de tinta no papel depois o aluno assopra um canudinho conduzindo esta tinta para onde desejar, aplicar outras cores desejadas.

PINTURA ESCORRIDA
Colocar várias porções de tinta na sulfite e depois ir virando o papel em várias posições para tinta escorrer pela superfície.

PINTURA COM ESPUMA
Trocar o pincel por um pedaço de espuma, o aluno pode fazer vários movimentos, arrastar a espuma, dando batidinhas variando a quantidade de tinta que pegar.

CORES PRIMÁRIAS E SECUNDÁRIAS
Nas atividades acima o aluno pode utilizar as cores primárias para formar as secundárias.

primárias
AMARELO
VERMELHO
AZUL

secundárias
AMARELOVERMELHO = LARANJA  
AMARELO+AZUL= VERDE
VERMELHO+AZUL= ROXO


fonte: http://revistaescola.abril.com.br/arte/fundamentos/como trabalhar-arte-contemporanea-alunos-ensino-fundamental-451181.shtml 
http://amagiadeaprender.blogspot.com.br/2008/07/sequncia-de-artes.html
imagem: http://blogescolaceca.blogspot.com.br/2012_09_01_archive.html


terça-feira, 20 de maio de 2014

Filme na Sala de Aula

Filme na aula: diversão ou hora de aprender?

O cinema aproxima os alunos de situações, pessoas, cenários e sons do passado e do presente. Mas é preciso saber explorar esse importante recurso pedagógico para que a aula não seja simplesmente uma sessão pipoca e caia no vazio.

Utilizando filmes em sala de aula
Dicas e sugestões de atividades pedagógicas para o uso de filmes em sala de aula.
Por Danielle Lourenço


Algumas considerações iniciais

A prática de uso de filmes em sala de aula é tão antiga quanto os videoplayers e suas fitas. Talvez você seja um professor mais novo e tenha vivenciado somente a fase do DVD player e dos DVDs discs e agora do Blu-ray.
O fato é que muitos são os momentos em que os filmes “comerciais” aparecem como elementos pedagógicos no contexto escolar.
Porém, apesar de ser um “velho conhecido” de todos, ainda existem equívocos, tabus e muito desconhecimento acerca desta valiosa prática pedagógica.
Os filmes são potentes recursos audiovisuais, que por meio do enredo, da trama, dos personagens, do lúdico, podem, quando utilizados de modo correto, promover excelentes experiências de aprendizagem! Trabalham com nossas experiências e emoções, abordando diferentes linguagens: falada, visual, musical e escrita.

Quando falamos em usar corretamente, é importante entender que:

a) A prática da projeção do filme em ambiente escolar deve estar alicerçada no planejamento de ensino. Não adianta levar os alunos para a sala de TV ou o vídeo para a sala sem definir exatamente o conteúdo que se deseja trabalhar.

b) O professor deve assistir ao filme com antecedência, marcando as partes, os elementos, as cenas que exemplificam e vivenciam o conteúdo pedagógico proposto, de modo a apontar estes itens durante a execução do filme.

c) Muitas vezes, não se faz necessário que o docente e os alunos assistam ao filme inteiro. Podem-se selecionar os trechos mais significativos que ilustrem e esclareçam a temática em questão.

d) Salvo em época de colônia de férias e para ambientes de educação infantil, o filme em sala de aula não é diversão ou passatempo. Desmistifique isso com seus alunos.

e) Prepare seus alunos para o filme. Em sala de aula, comente quais conteúdos pedagógicos serão “vistos” na projeção em questão, qual o período histórico, os elementos importantes e os vestuários.

f) O item anterior fica totalmente revogado se a sua intenção for surpreender os alunos. Permita que assistam ao filme sem nenhuma orientação e depois retome o assunto em sala de aula, de modo a perceber qual a visão do grupo sobre o assunto, os conhecimentos anteriores que possuem e retome o conteúdo com base nas questões apresentadas por eles.

g) Todo mundo gosta de ver o filme. Isso é uma verdade incontestável. Portanto, assegure que o tamanho da tela da TV seja adequado e garanta a visibilidade do grupo todo. A mesma dica vale para o som. Do primeiro ao último aluno, todos devem estar ouvindo bem. Muitas vezes, os professores reclamam de indisciplina durante as projeções, mas ela pode ser causada pelo fato de que eles, simplesmente, não conseguem ler as legendas ou visualizar a televisão...

h) Alguns docentes solicitam o preenchimento de uma ficha técnica do filme durante a execução dele. O recurso é válido, desde que os alunos tenham condições de preencher tal ficha... Há luminosidade? Há carteiras e cadeiras adequadas?

i) Os filmes apresentam erros conceituais? Ótimo! Aproveite a oportunidade para esclarecer o ponto em questão e também para desenvolver o senso crítico dos alunos, mostrando que nem tudo que está na TV, no filme, no comercial é correto e verdadeiro!

j) Nem só de filmes “prontos” vive a escola quando se fala em recurso audiovisual! Você pode utilizar comerciais, programas televisivos gravados, filmes disponíveis na internet como os disponibilizados para download no portal da Petrobras, além de solicitar que os alunos produzam seus próprios filmes!

k) Curta o momento com seu grupo! Vale todo mundo no chão, com almofadas, pipoca e aquele clima de aconchego que todo mundo gosta de vivenciar e não esquece nunca!


Todos sabem que as crianças adoram assistir Filmes. Que tal explorar este meio para trabalhar valores com seus alunos? Para  ampliar suas possibilidades de trabalho, selecionamos alguns filmes infantis e o que cada um deles abordam.


A era do gelo: amizade, cooperação, solidariedade

                   

Tarzan: respeito às diferenças, respeito à natureza

               

Pinóquio :verdade/mentira, amor, família

                     

Walle: respeito ao meio ambiente, saúde, lixo, consumismo

                                               
              

Alvin e os esquilos: ambição, amizade, amor, sucesso

                                               
             

Sherek : amor, diversidade, amizade, inclusão

           
                 
Mulan: coragem, determinação, amizade, amor


             
          
A fuga das galinhas : trabalho em equipe, amizade, determinação

         


Bambi: perdas, família, amor, amizade


       

 Bom trabalho!

fonte: http://moralidadevalores.blogspot.com.br/p/sugestoes-de-filmes.html
http://www.editorapositivo.com.br/editora-positivo/professores-e-coordenadores/para-sala-de-aula/filmografia/leitura.html?newsID=317651292ad24d059a0658761ef4d0df
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Aula-fora

Aula-fora

Meio ambiente - De perto é bem mais fácil

Seus alunos se transformam em pesquisadores no contato planejado com a natureza e percebem que ela não é apenas um capítulo do livro didático

Educação Ambiental
(aproveitamento da água da chuva)

Foi um espanto quando as crianças experimentaram a água do mar. "É salgada mesmo!", gritaram. "Mas por quê? De onde vem o sal?" E quando chegaram ao mangue: "Por que a terra é tão escura?" Essas e muitas outras perguntas relativas ao meio ambiente inquietaram, no ano que passou, as classes de 4ª série da rede municipal de ensino de Embu, na Grande São Paulo. A agitação científica foi planejada e as dúvidas tornaram-se o combustível de um extenso projeto, realizado de abril a dezembro. 

A base dos trabalhos foram dados reais, coletados em diferentes ecossistemas no município e no litoral. Ao analisá-los e compará-los, as turmas puderam chegar a preciosas conclusões. Uma delas dizia respeito à extraordinária capacidade da natureza de se adaptar às agressões da poluição.
 
Esse jeito diferente e eficiente de estudar Ciências envolveu o incentivo à investigação, o estímulo ao questionamento, a utilização de recursos além do livro didático e a realização de atividades fora da sala de aula. Tantas novidades só tiveram espaço nas escolas depois de o corpo docente passar por uma capacitação e mudar a forma de encarar o ensino da disciplina.
Em parceria com o Instituto Ciência Hoje, que deu o suporte técnico e pedagógico ao projeto, a prefeitura organizou um curso de formação para toda a equipe, antes de envolver a meninada na investigação científica. 

Terminados os encontros de capacitação, cada professor planejou aulas em locais diferentes. Primeiro ao redor de sua escola. Em um trecho de mata, num lago ou na beira de um córrego, foram organizadas atividades de observação e registro de dados. Os alunos demarcaram áreas em quadrantes, texturizaram folhas e mediram as condições locais, como temperatura e umidade relativa do ar. Para isso, utilizaram instrumentos bastante simples. 

A idéia dos educadores era sempre a de levar a garotada a se enxergar, desde cedo, como parte do meio ambiente. Antes de sair da sala e durante as pesquisas de campo, os professores estimularam nas turmas a formulação de dúvidas sobre fatos da natureza observados ao vivo. No retorno para a escola, os alunos fizeram outras experiências e esclareceram parte das questões com pesquisas em livros, sites e na revista Ciência Hoje das Crianças, editada pela Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC). Em casos mais específicos, especialistas foram entrevistados.

Primeiros estudos pelo bairro 

Já nas primeiras atividades, os estudantes da Escola Astrogilda de Abreu Sevilha perceberam, por exemplo, que a terra de Embu é avermelhada. Nas próximas aulas-passeio, coletaram amostras do solo para fazer comparações. "Atividades desse tipo exigem conhecimento profundo do que vai ser analisado e muita pesquisa", explica a psicopedagoga Maria Del Carmen, consultora educacional do Instituto Ciência Hoje. "Esse processo é muito rico e não se aprende nos livros." 

A turma da Escola Antônia Augusta Delphina de Moraes observou em uma das visitas que havia plantas aquáticas na beira de um lago. "Eram tantas folhinhas que parecia um campo. A gente quase correu para cima delas, achando que era terra firme", lembra a aluna Talita Feliciano dos Santos. Para descobrir por que aquela vegetação cresce assim, o grupo entrevistou uma botânica. Ela explicou que a planta se alimenta da matéria orgânica presente na água suja. Na escola, mudas coletadas no lago foram colocadas em dois recipientes, um com a água do próprio lago e outra com a da torneira. Na água limpa, as plantas logo morreram. 

Já os alunos da Escola Jornalista José Ramos, numa das regiões mais populosas do município, verificaram que o local onde vivem, antes coberto por mata, está degradado. Numa volta pelo bairro, notaram em um terreno baldio o descaso da população com o descarte do lixo e iniciaram pesquisas sobre o tema. A consolidação dos conteúdos veio a seguir.


Locais diferentes, problemas interligados 
Com o espírito de investigação já incorporado, o grupo se viu preparado para a última fase de levantamento de dados. Todos passaram um dia no litoral paulista, onde cada turma visitou um destino diferente: o Horto Municipal de São Vicente; o Parque Estadual da Serra do Mar, a reserva florestal e o manguezal do Parque Cotia-Pará, em Cubatão; e o Museu de Pesca e o Aquário, em Santos. 

"Apesar da euforia, ninguém assumiu a viagem apenas como lazer porque havia vários problemas para solucionar, comparações a fazer e conclusões a tirar", afirma Maria Del Carmen. "Ao mesmo tempo, em nada se reprimiu a brincadeira, prazer necessário a quem está aprendendo." A coordenadora ressalta que a comparação de dados levantados lá e cá de nada vale se não houver conclusões. É preciso descobrir os porquês. E foi o que as turmas de 4ª série fizeram. 

Os visitantes da mata, no Parque da Serra do Mar, verificaram que a floresta fechada retém umidade. Comparando com os dados coletados anteriormente, viram que na cidade o índice era menor devido ao desmatamento. Alguns trouxeram ao grupo a informação de que a floresta no litoral tinha uma biodiversidade muito maior do que na cidade. 

De volta à escola, eles decidiram juntar material reciclável e trocá-lo por mudas que vêm sendo plantadas para aumentar a área verde do município. Quando soube que alguns fungos mudam de cor de acordo com o nível de poluição, o grupo relacionou a informação ao caso das plantas aquáticas, que se aproveitam dos nutrientes da água suja. 

Em um quadrante demarcado na praia, outra equipe encontrou um caco de vidro e rapidamente conectou esse dado ao lixo observado em Embu. Concluiu que o descaso era o mesmo. A constatação abriu espaço para debates sobre consumo consciente, reciclagem e descarte do lixo. E o projeto de coleta seletiva, que já vinha sendo implantado em toda a rede, ganhou impulso. Na praia, os estudantes realizaram os últimos levantamentos e, é claro, se divertiram à beça. "Na volta, foi interessante ver o entusiasmo em partilhar as experiências com os colegas", lembra Lídia Balsi, coordenadora da equipe pedagógica da Secretaria de Educação de Embu.


Avaliação individual e coletiva 

Os professores fizeram relatórios individuais e coletivos sobre o desempenho dos alunos em cada atividade. Neles, registravam o interesse, o cumprimento de tarefas, a participação no grupo e a assimilação dos conteúdos. Nas reuniões pedagógicas, trocavam essas informações e buscavam estratégias para melhorar o trabalho. Os alunos, por sua vez, produziram portfólios individuais. Como as turmas visitaram ambientes diferentes, o conhecimento foi compartilhado na escola, na forma de quadros comparativos, gráficos, tabelas e também por meio de relatos orais. A interação melhorou o relacionamento entre os colegas e estimulou a leitura e a escrita. A avaliação se concretizou nas feiras de ciências e no encontro entre todos os grupos no final do ano.


Sugestão Plano de Aula:

Caminhada pelo entorno da escola

Objetivos 
-reconhecer a importância de se preservar as áreas verdes para a melhoria da qualidade de vida e do meio ambiente;
-identificar e mapear a presença do verde na escola e em seu entorno.

Conteúdo 
-a ocupação desordenada pelo homem do espaço que ocupa;
-o desrespeito do homem com o meio ambiente;
-a importância da preservação de áreas verdes em espaços urbanos para a melhoria da qualidade de vida.

Ano 4º e 5º

Tempo estimado 5 aulas

Material necessário 
-recortes de notícias atuais sobre mudanças climáticas encontradas em jornais, revistas, artigos da internet;
-croqui da escola e seu entorno, esse croqui pode ser conseguido aqui.
-máquina fotográfica.

Desenvolvimento
1ª aula: Divida os estudantes em grupos e entregue as reportagens. Peça que os alunos leiam e discutam, com base nos seguintes questionamentos:
-O que são mudanças climáticas? Por que acontecem?
-Que conseqüências essas mudanças trarão ao homem?
-Que atitudes o homem pode tomar para amenizar essas mudanças?
-A presença de árvores e áreas verdes pode contribuir para a melhoria do meio ambiente?
Conduza um debate entre os grupos mostrando como o homem se apropria indevidamente do espaço, desmatando áreas verdes e construindo sem planejamento. Saliente a importância de atitudes diárias individuais para a transformação das condições ambientais globais.

2ª aula: Entregue um croqui, para que os estudantes possam mapear as árvores que estão no entorno da escola durante a caminhada, e um questionário, que servirá como roteiro de observação:
-você observa muitas árvores nesta rua?
-em que condições de preservação elas se encontram?
-toda casa possui uma árvore?
-essas árvores são novas ou antigas?
-são árvores frutíferas? você consegue identificar algum morador (pássaro) na árvore?
-qual o benefício que uma árvore traz ao morador que a possui?

3ª aula: 
Este é o momento de sair a campo. Leve os estudantes para fora da escola, caminhe por todo o entorno, percorrendo ruas e parando sempre que encontrar uma árvore para que eles possam realizar o registro e mapear a localização das árvores no croqui.
Durante o trajeto, fotografe os estudantes trabalhando, a paisagem e árvores observadas.

4ª aula: De volta à sala de aula, abra um círculo de debate. Deixe que contem o que acharam da caminhada e das árvores que encontraram. Faça no quadro um registro da observação do coletivo, anote as possíveis sugestões que surgirem.

5ª aula: Faça um painel com as fotos tiradas e o registro coletivo. Ele servirá de ponto de partida para ações futuras.

Avaliação Divididos em grupos, os estudantes deverão confeccionar cartazes sobre o que aprenderam em relação as questões ambientais e a ação humana.Deverão fixarem nos murais da escola com a finalidade de sensibilizarem os demais estudantes.
Consultoria: Silmara Maria Cruz Paiva
Professora de Geografia
fonte: http://revistaescola.abril.com.br/ciencias/pratica-pedagogica/meio-ambiente-426106.shtml
http://revistaescola.abril.com.br/geografia/pratica-pedagogica/caminhada-pelo-entorno-escola-427492.shtml
imagem: http://colegiogaspar.com.br/
                                                                                    

Entrevista com Mirta Torres

Entrevista com Mirta Torres, estudiosa da didática da leitura e da escrita

Pesquisadora argentina defende que, para trabalhar com produção de textual, os professores também precisam ser bons leitores e escritores

Mirta Torres Axel Indik/Getty Images Latin America
MIRTA TORRES "Tal como um piloto de avião precisa acumular horas de voo para ser hábil, um escritor precisa somar muitas oportunidades de escrita." Foto: Axel Indik
Se ensinar as crianças a produzir textos de qualidade é um desafio, preparar os educadores para realizar essas tarefas é uma responsabilidade igualmente complexa e instigante. E é essa missão que Mirta Torres tomou para direcionar sua carreira. Especialista em didática da leitura e da escrita, ela já foi diretora de Educação primária de Buenos Aires e esteve à frente de vários programas de melhoramento pedagógico.

Atualmente, coordena um grupo que trabalha com a alfabetização de alunos que foram reprovados ou entraram na escola mais tarde e também integra o projeto Maestro + Maestro, que, prevendo dois professores para cada sala de aula, visa diminuir as dificuldades de estudantes do 1o grau, etapa em que se concentram os maiores índices de repetência no sistema argentino. Apesar da pouca afinidade com a língua portuguesa, Mirta garante que sua experiência pedagógica na Argentina pode ser bastante útil para os professores que lidam com produção de texto no Brasil. "Valem o raciocínio e as estratégias", diz ela, que concedeu esta entrevista por telefone à NOVA ESCOLA de sua residência, em Buenos Aires.
 Como definir o que é uma produção de qualidade?
MIRTA TORRES O escritor tem de ter um propósito claro que o leve a escrever, tal como preparar um texto para o seminário ou um convite para uma festa. 

O bom texto é aquele que cumpre o propósito de quem o produz. Para isso, o que é preciso ser ensinado aos alunos?
MIRTA Diversos aspectos colaboram para que sejam produzidos textos qualificados entre aceitáveis e bons. A turma toda deve ser incentivada a escrever de maneira habitual e frequente. Tal como um piloto de avião precisa acumular horas de voo para ser hábil, um escritor precisa somar muitas oportunidades de escrita. Na prática, quer dizer que os estudantes devem ser estimulados a elaborar perguntas sobre um tema estudado e resumir a matéria para passar a um colega que faltou. São escritos menos ambiciosos, porém também exigem escrever, ler e corrigir. Embora, em muitas situações escolares de escrita, o texto não tenha outro propósito a não ser o de escrever para aprender a escrita, é fundamental gerar condições didáticas com sentido social. Elas devem garantir a construção de produções contextualizadas, que ultrapassem os muros da escola, como uma solicitação por escrito para o diretor de um museu, de permissão para uma visita. Assim, antes de começar a escrever, aprende-se que é preciso saber quem é o leitor e as informações necessárias. 

Por isso é ruim propor que se escreva sobre um tema livre ou aberto, por exemplo, "Minhas Férias"?
MIRTA A escrita nunca deve ser livre. Precisa ser produzida em um contexto, sempre. A psicolinguista argentina Emilia Ferreiro caracteriza muito bem essa questão. Ela diz que "não há nada menos livre do que um texto livre". Muitas coisas incidem sobre qualquer texto: os propósitos que guiam a escrita, os destinatários e a situação comunicativa. As crianças têm de aprender que o material deve se refletir no leitor.

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